INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
1) “Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro”. Assinale a opção correta quanto ao significado da palavra destacada:
a) ( x ) segurar
com as mãos;
b) ( )
jogar;
c) ( )
chutar;
d) ( )
soltar;
e) ( )
N.D.A
2) “a fim
de mantê-lo cativo em casa”. Assinale a opção correta quanto ao
significado da palavra destacada:
a) ( ) indica afinidade
b) ( x ) indica finalidade
c) ( ) indica lealdade
d) ( ) indica capacidade
e) ( )
N.D.A
3) Ainda sobre a questão
2: “a fim
de mantê-lo cativo em casa.” Se ao invés de a fim fosse escrito afim
juntos, teria o mesmo significado? Justifique:
R___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4) “Conseguiu pegar um filhote de águia e o colocou no galinheiro junto às
galinhas”. O pronome o está substituindo
qual palavra no trecho:
a) ( ) galinheiro;
b) ( ) galinhas;
c) ( x ) filhote
de águia;
d) ( ) pegar;
e) ( )
N.D.A
5) “– De fato, disse o homem. É uma águia.
Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia.
É uma galinha como as outras.” O camponês estava correto quanto a
atitude de criar a águia como galinha?
Justifique:
R___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6) – “Não, retrucou
o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Este coração a
fará um dia voar às alturas”. Assinale a opção incorreta quanto ao significado da palavra destacada:
a) ( ) responder
de modo imediato;
b) ( ) responder
de modo rápido;
c) ( ) responder
de modo ligeiro;
d) ( x ) responder
de modo lento;
e) ( )
N.D.A
7) Observe o trecho abaixo:
Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na
direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e
ganhar as dimensões do vasto horizonte.
Foi quando ela abriu suas potentes asas. Ergueu-se,
soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez
mais para o alto.
Voou……. e nunca mais retornou.”
Responda:
Você conhece a história de vida das águias? Faça uma
pesquisa e responda por que o naturalista tinha tanta certeza que a águia conseguiria
voar tão alto?
R___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
BNCC
8º, 9º
Campo artístico-literário
Leitura
Estratégias de leitura
Apreciação e réplica
EF89LP33
Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
A Fábula da Águia e da Galinha
Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, nos inícios deste século, quando se davam os embates pela descolonização. Oxalá nos faça pensar sempre a respeito.
“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia e o colocou no galinheiro junto às galinhas.
Cresceu como uma galinha.
Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.
Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
– Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.
– De fato, disse o homem. É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.
– Não, retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
– Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova.
O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:
– Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos e pulou para junto delas.
O camponês comentou: eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
– Não, tornou a insistir o naturalista.
– Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa e sussurrou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas.
O camponês sorriu e voltou a carga: eu havia lhe dito, ela virou galinha !
– Não ! respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe !
A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou.
Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.
Foi quando ela abriu suas potentes asas. Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.
Voou……. e nunca mais retornou.”
Existem pessoas que nos fazem pensar como galinhas.
E ainda até pensamos que somos efetivamente galinhas.
Porém é preciso ser águia, abrir as asas e voar.
Voar como as águias.
E jamais se contentar com os grãos que jogam aos pés para ciscar.”
(Extraído de artigo publicado pela Folha de São Paulo, por Leonardo Boff, teólogo, escritor e professor de ética da UERJ).
https://clareandoideias.com/artigos-metaforas/a-fabula-da-aguia-e-da-galinha/
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