sábado, 25 de abril de 2020

Produção de conto: "Ser aluno e ser professor" (6º, 7º/Produção de textos/ EF67LP30)

ATIVIDADE PROPOSTA: 



Construa um conto a partir da seguinte proposta:

Lembre de um momento em que você viveu com seu professor e esse momento te marcou, esse momento pode ter sido bom ou ruim, construa um título e produza seu conto.


Conto MODELO de minha autoria


Produção de conto: Ser aluno e ser professor


Esse Conto é de minha autoria...
gosto sempre de produzir um texto base para os alunos terem como guia...

















6º, 7º

Campo artístico-literário

Produção de textos

EF67LP30

Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, humor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos passados, empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os discursos direto e indireto

domingo, 12 de abril de 2020

PROJETO: Uma Ótica Interdisciplinar entre a Linguagem e a Matemática



Projeto criado por: Laudicea e Anadege












Trollagem DA PROFESSORA: Teste de leitura, 1 de abril (6º, 7º /Estratégia de leitura: identificação de teses e argumentos/EF67LP05)

Trollagem criada por mim, 

professora: Laudicea




Você pode fazer com qualquer assunto e fazer seu aluno começar a gostar de ler...

Teste de leitura

Gente,

Trollei meus alunos. kkkk


Gente,
Quero aqui deixar m despedida, sei q muitos vão gostar, pq não gostam de mim, mas sinceramente gosto muito de vcs, sou Professora de vcs desde o 6 ano, e não sei pq fizeram isso comigo, não querem q eu ensine mais vcs, não estou conseguindo nem digitar pq estou muito triste, ainda estou procurando quem foi quem fez isso tão triste comigo, não sei como vou viver sem vcs, mas a vida é assim mesmo, amo vcs.
Se vc acha que estou certa vá p a opção 1 e deixe seu comentário com seu apoio.
Se acha que quem fez isso está certo e vá para a opção 2 e também deixe sua resposta.
Desde já agradeço por tudo, vcs moram no meu coração.

1: Brincadeirinha, só queria saber se vcs tem o costume de ler todo o texto para poder ter uma boa compreensão, e não ficar como esse povo do Facebook, interpretando tudo errado.


2: só queria saber se vcs me amam de verdade...



6º, 7º

Campo jornalístico/midiático

Leitura

Estratégia de leitura: identificação de teses e argumentos

Apreciação e réplica

EF67LP05

Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e argumentos em textos argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), manifestando concordância ou discordância. 

sábado, 11 de abril de 2020

Hospital Ortográfico: PRODUÇÃO TEXTUAL ( 8º/Análise linguística/semiótica/EF08LP16)



https://th.bing.com/th/id/R.83b5477c975bc372be244dbe2a307138?rik=cjZbeMt2ugIJXw&pid=ImgRaw&r=0





Hospital Ortográfico: PRODUÇÃO TEXTUAL 




1 PODE SER NA LOUSA OU NA CARTOLINA;

CONSTRUA 4 ALAS DE CORES: VERMELHA, AMARELA, VERDE E AZUL;

ANOTE OS ERROS DAS PRODUÇÕES DOS ALUNOS EM UMA FOLHA;

E COLOQUE NA LOUSA NO DIA DA AULA PARA CONVERSAR SOBRE O ASSUNTO...


BNCC

Todos os campos de atuação Análise linguística/semiótica Modalização

EF08LP16

Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de estratégias de modalização e argumentatividade (sinais de pontuação, adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais, advérbios etc.)

 





sexta-feira, 10 de abril de 2020

TEXTo: "A AMANTE"( 8º/ Produção de textos / EF08LP03)



Texto


*A AMANTE...*

Simplesmente Formidável!!!

Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com esta encantadora novata e, em seguida, a convidou pra  morar com gente.

A estranha aceitou e, pasmem, minha mãe também!!!

Enquanto eu crescia, na minha mente jovem, ela já tinha um lugar muito especial.

Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer. Mas a estranha era mais forte, nos encantava por horas falando de aventuras e mistérios.

Ela sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber.

Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! O chato é que não podíamos discordar dela. Ela sempre tinha a última palavra!!!

Foi ela quem levou minha família ao primeiro jogo de futebol.

Fazia a gente rir e chorar.

A estranha quase nunca parava de falar, mas o meu pai a amava. Tinha até ciúmes. Mandava a gente ficar em silêncio para poder ouvi-la.

Muitas vezes a levava pro quarto e dormia com ela. Minha mãe não gostava, mas aceitava.

Agora me pergunto se minha mãe teria rezado alguma vez para que ela fosse embora.

Meu pai dirigia nosso lar com fortes convicções morais, mas a estranha não se sentia obrigada a segui-las...

As brigas, os palavrões em nossa família  não eram permitidos nem por parte de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse.

Entretanto, ela usava sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai e minha mãe se ruborizar.

Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool e fumar, mas ela nos incentivava, dizia que isto nos destacava na sociedade.

Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. 

Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência por ela.

Muitas vezes a gente a criticava, mas ela não se importava e não ía embora da nossa casa. Mas também a gente era conivente com toda esta situação.

Passaram-se mais de cinquenta anos desde que a estranha veio para nossa família. 

Desde então ela mudou muito, mas ainda continua jovem, prática, bonita e elegante.

Esta lá em casa, tranquila, esperando que alguém queira escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia, admirá-la.

 (Autor desconhecido)

https://esbrasil.com.br/a-amante-em-nossa-casa/



ATIVIDADE PROPOSTA:


1) Na oração, “Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência por ela”. Quem seria essa amante. Qual a sua opinião? 

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BNCC

Campo jornalístico/midiático

Produção de textos

Textualização de textos argumentativos e apreciativos

EF08LP03

Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de oposição, contraste, exemplificação, ênfase


É o fim do mundo - dinâmica adaptada (8º/Textualização de textos argumentativos/EF08LP03)


É o fim do mundo - dinâmica (trabalhando argumento) feita por mim



Texto:

É o fim do mundo. Você e seu grupo são as únicas pessoas no planeta que estão seguras. Você tem um foguete com comida, água e suprimentos técnicos para sobreviver por 10 anos. Nesse tempo você deve encontrar um novo lar em outro planeta e construir um novo mundo. Há 14 pessoas fora do foguete pedindo para serem salvas. Existem apenas 10 espaços no foguete. ( Não sei quem é o autor, se alguém souber por favor, só é falar).




ATIVIDADE PROPOSTA:


Sua tarefa é construir argumentos que possa te salvar e ser escolhido...

Escreva suas qualidades BOAS, e quais mantimentos vocês têm para saber se será escolhido:

1
Qualidades pessoais:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Mantimentos:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 BNCC

Campo jornalístico/midiático

Produção de textos

Textualização de textos argumentativos e apreciativos

EF08LP03

Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de oposição, contraste, exemplificação, ênfase

 



quinta-feira, 9 de abril de 2020

Texto: "A parte que falta"(8º, 9º/Produção de textos/EF89LP35)

Texto: "A parte que falta"



Proposta: A partir do texto "A parte que falta", construa outro texto utilizando um objeto com uma parte faltando.



            Acho esse texto maravilhoso, solicitei para os alunos construírem, foi uma aula muito produtiva, os alunos construíram tubarões sem dente, flores sem pétalas, livro sem palavras, anel sem pedra, pizza pela metade, peixe sem esporão, boca sem dente, Jardim sem flores.

OBS: Depois de mostrar o vídeo na sala, expliquei sobre algumas lacunas que temos na nossa vida, e que não deveríamos nos importar tanto, pois se ficarmos vivendo somente para preenchermos esse vazio não vamos conseguir ser feliz, esse vazio sempre existir, pois a cada dia, sempre temos algo para ser preenchido.



Texto: "A parte que falta"

https://youtu.be/GFuNTV-hi9M









BNCC

8º, 9º

Campo artístico-literário

Produção de textos

Construção da textualidade

EF89LP35

Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa.



quarta-feira, 8 de abril de 2020

Roteiro: Vidas Secas


Roteiro: Vidas Secas


https://pt.scribd.com/document/317734628/PECA-TEARTRAL-COMPLETA-VIDAS-SECAS-DE-GRACILIANO-RAMOS-ORIGINAL

Narrador: A peça se inicia com a caminhada dos retirantes. O cenário é típico da caatinga, sinhá Vitória com o filho mais novo no colo e o baú de folha na cabeça, Fabiano triste, este tem as pernas tortas, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão e a espingarda no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia vão atrás.
Narrador: Menino mais velho (senta-se no chão, chorando):
Menino mais velho : "Num" aguento mais caminhar.
Narrador: Fabiano (vermelho de raiva)
Fabiano: Anda logo condenado do diabo!
Narrador: Fabiano pega a faca com a bainha e bate no menino mais velho, que esperneia e deita fechando os olhos.)
Fabiano: Anda excomungado, ou servirá de comida para os urubus!
Sinhá Vitória: Anda "home", faça "arguma" coisa, "tamo" perto!
Narrador: Fabiano guarda a faca amarrano-a no cinturão, acocora-se e ajuda o menino mais velho a se levantar, pega a espingarda e a entrega a sinhá Vitória.)(Ausente do companheiro, a cachorra Baleia toma a frente do grupo. Baleia corre ofegante, a língua sai pra fora da boca, de vez em quando ela se detém e espera os retirantes.)
Sinhá Vitória: "Tava" aqui matutando e senti uma "farta" enorme do papagaio!
Fabiano: Deixa de bobagem "muié", ele não fazia nada, nem falar o coitado sabia! E o que tinha de ser feito, foi feito. "Nóis comemo" o papagaio e não temos que sentir "farta" dele. Era comer ele ou morrer de fome!
Narrador: (A família e a cachorra chegam em uma fazenda, o curral está deserto, o chiqueiro arruinado e também deserto, a casa do fazendeiro está fechada, tudo anunciava abandono.)
Sinhá Vitória (Feliz e assustada ao mesmo tempo):
Sinhá Vitória: Uma fazenda? "tamos sarvos"!

Narrador:Fabiano (procura sinal de vida na casa, bate e força a porta):
Fabiano: Não tem ninguém, o "mió" que temos que fazer é ficar aqui.
Narrador: (Saem de cena e aparecem os meninos brincando com a cachorra, aparece Fabiano com um vidro na mão, ele pega dois gravetos e cruza-os formando uma cruz, e reza.)

Fabiano: Amém! Se tiver morto aqui, ele não vai "vortar" a oração é forte!
Narrador: (Fabiano levanta-se e caminha em direção a sua casa. A cachorra Baleia na frente, o focinho arregaçado procurando algo.) Fabiano (Pega o cigarro e enrola, dá um sorriso forçado)
Fabiano: Fabiano, "ocê" é um "home"! (Fabiano para um instante e olha para os meninos que ficam sem entender.)

Narrador: Fabiano (Com medo da reação dos meninos): Não Fabiano, "cê" é um bicho! "Cê" não sabe lidar com as pessoas!(Fabiano sai de cena, os meninos entreolham-se e conversam espantados com a atitude do pai.)
Menino mais velho: Sei não, acho que pai ficou maluco!
Menino mais novo: Ele é "home" ou bicho?
Menino mais velho: Sei não!
Narrador: (Fabiano reaparece, chamando os meninos em um tom autoritário, de quem exige respeito.)
Fabiano: Vamos seus molengas!
Menino mais velho: O que é molenga?
Narrador: Fabiano: (Com uma cara ruim franzi a testa.)
Fabiano: "Cê tá" muito enxerido menino! Onde já se viu, querer saber das coisas. Tudo o que "ocês" tem que saber é montar a cavalo e amansar bois "brabos". Se um dia desses as coisas mudarem, se não tiver mais seca aqui no sertão... e tudo andar direitinho. Aí sim "ocês" podem perguntar!
Narrador: (Chegam junto de sinhá Vitória, que sentada prepara a comida.) Sinhá Vitória (Olha para o marido, interroga-o):
Sinhá Vitória: Preocupado "home"?
Fabiano: Esses capetas têm cada idéia...
Sinhá Vitoria: De quem "cê tá" falando?
Fabiano: Dos meninos!Sinhá Vitória:
Sinhá Vitoria: Deixa de bobagem "home", onde já se viu... Quando "cê" for na feira compra sal, farinha, feijão, rapadura, uma garrafa de querosene e um corte de chita vermelho.
Fabiano: Tudo bem "muié", já "tô" indo pra cidade!
Narrador: (Chegando á cidade Fabiano entra em um bar e bebe um pouco, logo em seguida entra o soldado amarelo e convida Fabiano para jogar, Fabiano aceita.)
Soldado Amarelo(Com ar de autoridade): Vamos jogar um trinta e um aê camarada?
Fabiano: claro, sua autoridade!
Narrador: (Depois da primeira rodada, Fabiano perde o que o irrita e faz com que ele se levante e saia.
Fabiano fica a alguns metros do lugar onde está o soldado amarelo.
O soldado se levanta enfurecido e empurra Fabiano, que fica parado sem reação.
O soldado pisa nos pés de Fabiano,
este perde o controle e xinga a mãe dele,
então o soldado dá voz de prisão e prende Fabiano.)

Fabiano: Seu filho"d'uma" égua!
Soldado Amarelo (autoritário): O senhor está preso por desacato á autoridade!
Narrador: (Com a demora de Fabiano, sinhá Vitória fica preocupada. Sinhá Vitória começa a rezar e levanta-se ofegante.) Sinhá Vitória (com um ar preocupado):
Sinhá Vitória: O que aconteceu com esse "home" que a essa hora, ainda não chegou?
Menino mais velho: Vai ver ele se perdeu!
Menino mais novo: "Ué" ! Pai conhece esses lugares " mió" que ninguém...
Narrador: (Aparece Fabiano torto e com um olhar severo, joga as coisas que tráz consigo no chão.)

Sinhá Vitória (assustada): O que aconteceu "home"?
Fabiano: Fui preso, por xingar a mãe de um soldado!
Sinhá vitória: Mas como isso foi acontecer "home" de Deus?
Fabiano: Não me amole "muié", vou esfriar a cabeça no "trabaio".
Menino mais velho (para a cachorra): Queria saber o que é o inferno, mas "main" parece "braba"!
Narrador: (O menino se aproxima da mãe e segura a ponta de seu vestido, enrolando-o no dedo.)

Narrador: Menino mais velho (senta-se perto da mãe): Ouvi a senhora Terta dizendo inferno,
Menino mais velho: o que é isso? Como é?
Sinhá Vitória (puchando o menino para o seu colo): É um lugar onde tem espetos quentes, fogueiras e... 

Menino mais velho: A senhora viu?
Narrador: (Sinhá Vitória se zanga com a pergunta do menino e aplica-lhe um puchão de orelha. O menino sai indignado de perto da mãe e esconde-se debaixo de uma moita, a cachorra Baleia acompanha-o. O menino se senta e acomoda a cabeça da cachorra em suas pernas.)
Menino mais velho: "Cê" é a única que me entende Baleia. O inferno não deve ser um lugar ruim, é um nome bonito...=Baleia "cê tá" doente? 
Narrador: Fabiano (acendendo um cigarro):
Fabiano "Muié", o jeito vai ser matar Baleia, ela "tá" doente...e pode passar doença pra nós.

Narrador: Sinhá Vitória (pegando o cigarro do marido):
Sinhá Vitória "Tá" certo "home"! "Tá" certo"!
Narrador: (Fabiano pega a espingarda, sinhá Vitória chama os meninos que assustados já imaginam o que vai acontecer.)
Menino mais velho (com voz de choro): Porque ele vai matar a Baleia?
Menino mais novo: Ela vai curar, não é preciso matar ela!
Sinhá Vitória: O que tem que ser feito, vai ser feito.
Narrador: (Os meninos tentam sair, mas sinhá Vitória os pucha e manda os meninos se sentarem e taparem
os ouvidos.)
Sinhá Vitória: Sentem-se aí e tapem os ouvidos!
Narrador: (Enquanto isso, Fabiano continua a arrumar a espingarda, logo em seguida ele se prepara para atirar em Baleia que assustada se esconde. Fabiano chega perto e dispara um tiro em Baleia que morre. Fabiano chega perto da cachorra reza e a arrasta para fora dali. As crianças levantam-se com um ar abatido. Todos saem.
 Em outro lugar, o escritório do patrão,
Narrador: Fabiano entra com o chapéu na mão,
Patrão: senta-se em uma cadeira.
 Narrador: E com o olhar baixo de quem teme encarar o outro.)
Fabiano: O senhor "descurpa"eu por ter vindo aqui, mas é que a sua conta não "tá" dando certo com a da minha "muié"!
Narrador: Patrão (Soltando uma bela gargalhada): 
Patrão:São os juros, seu Fabiano!

Fabiano (com um ar envergonhado): O senhor "descurpa" eu viu...
Patrão: Esse povo da roça tem cada idéia!
Narrador: (Fabiano levanta-se e sai, pouco tempo depois chega a sua casa.) Fabiano (triste e com a voz rouca): 
Fabiano  É "muié nóis nos livremos" da cachorra, mas não do cachoro do patrão, que vive me roubando!

Sinhá Vitória (cabisbaixa e com a voz triste): "Ô home já té" me acostumei com a nossa vida. "Trabaiar" só pra receber em troca o que comer!
Narrador: Fabiano (senta-se com uma voz de revolta): 
Fabiano Mas "num tá" certo, "nóis trabaiar" feito condenado pra "num" ganhar quase nada e ainda ser roubado. "Tá" certo "muié"? "Tá" certo isso?
Sinhá Vitória (irritada): "Num tá" certo "home", mas o que "nóis" vai fazer Matar um desgraçado como ele? Pra quê? A troco de quê? "Nóis num" somos nada. "Cê" quer passar o resto de seus dias na prisão, é isso?

Narrador: Fabiano (com o olhar perdido): 
Fabiano: É "muié" se eu tivesse que matar, "num" seria o patrão, seria aquele soldado amarelo que pisou no meu pé e me fez passar uma noite na cadeia. Dia desses eu vi ele lá perto da lagoa seca, minha vontade era de matá-lo, sentir o sangue daquele desgraçado nas minhas mãos, mas o miserável só é "home" na cidade...

Sinhá Vitória: Bobagem sua"home", a de querer se vingar deste soldado. "Cê" tem "trabaio" demais pra pensar em vinganças. Enquanto "cê tá" aí pensando em bobagens, os pássaros estão matando os bois.
Narrador: Fabiano (resmunga franzi a testa):
Fabiano: Bobagem é o que "cê tá" falando, onde já se viu, pássaros matar bois!
Sinhá Vitória (pensativa): A seca "tá" chegando de novo "home", só "ocê" que ainda "num"percebeu!
Fabiano (olhando assustado para sinhá Vitória): "Nóis" temos que preparar desde já os mantimentos para a viagem... Desgraça de vida onde já se viu..
Narrador:.(A família se arruma, pega as únicas coisas que lhes pertecem e partem calados, com medo de onde chegariam. Até que sinhá Vitória pucha conversa com Fabiano.)
Sinhá Vitória: Quando é que "nóis vamo" ter uma vida digna"home"? Um lugar onde os meninos cresçam como gente e frequentem escola?
Menino mais velho: Diz pai, quando é que "nóis vai" deixar de ter essas VIDAS SECAS, diz pai...

Fabiano: "Num sei ! "Num" sei!






LINK DO VIDÉO DA PEÇA REALIZADA PELOS ALUNOS:

https://youtu.be/rVXNkFUUnes




Ditado imaginário