domingo, 12 de outubro de 2025

Peça - A Soberba dos substantivos

Peça: “A Soberba dos Substantivos”


Personagens

1 Narrador 

2 Professora

3 Substantivo Simples

4 Substantivo Composto

5 Substantivo Primitivo

6 Substantivo Derivado

7 Substantivo Comum

8 Substantivo Próprio

9 Substantivo Coletivo

10 Substantivo Concreto

11 Substantivo Abstrato


Cenário

Uma sala de aula com mesa, cadeiras, livro de Português...


Encenação

Figurinos simples: cada aluno pode usar um crachá ou faixa com o nome do tipo de substantivo ou vestir-se de livro...


CENA 1

Narrador: Professora entra, dirige-se à sala

Professora

— Bom dia, turma! Hoje vamos iniciar a aula com um tema muito importante: Substantivo.

Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros.

Eles podem flexionar em gênero, número e grau.

E hoje conheceremos as classificações dos substantivos. Cada um tem seu valor.


(Enquanto fala, os “substantivos” estão “dormindo” nas cadeiras— fantasias de livros— até que “acordam” ao ouvirem “substantivo”.)


CENA 2

Substantivo Simples


— Deixe que eu fale, professora! Eu sou o Substantivo Simples, formado por apenas um radical: amor, casa, felicidade, livro, roupa.

Você pode me usar assim: Vamos comer um sonho ali na minha casa?


Substantivo Composto 

— Ah, você sempre querendo ser destaque! Eu sou o Substantivo Composto — formado por dois ou mais radicais: arco-íris, beija-flor, malmequer, segunda-feira.

E ainda tenho classificações próprias: justaposição (amor-perfeito, guarda-chuva) e aglutinação (embora, planalto, vinagre).


Substantivo Primitivo 

— Parem um pouco! Vocês, compostos e simples, acham que não têm de onde vir? Eu sou o Substantivo Primitivo — a “origem”.

Minhas raízes vêm de outras línguas: algodão (árabe al-qutun), chuva (latim pluvial), folha (latim folia), pedra (grego pétra), quilo (grego khylós).


Substantivo Derivado 

— Ha! E eu? É claro que sou importante. Sou o Substantivo Derivado, formado a partir de primitivos: açucareiro, chuvada, território, jardinagem, livraria.


Substantivo Comum 

— Vocês acham que só porque sou genérico sou menos valioso? Eu sou o Substantivo Comum — nomeio genericamente seres da mesma espécie: mãe, uva, computador.


Substantivo Próprio 

— Eu sou especial. Sou o Substantivo Próprio — escrito com maiúscula, nomeio seres individuais e específicos: Brasil, Carnaval, Flávia, Nilo.


Substantivo Coletivo 

— E observem: eu sou o Substantivo Coletivo, no singular, indico um conjunto: arquipélago (ilhas), cardume (peixes), constelação (estrelas).


Substantivo Concreto 

— Sou o Substantivo Concreto — nomeio seres com existência própria: objetos, pessoas, animais, vegetais, minerais: mesa, chuva, Felipe, cachorro, samambaia.


Substantivo Abstrato 

— Eu sou o Substantivo Abstrato, que nomeia o que não se vê com os olhos: sentimentos, qualidades, noções, ações: amor, beleza, crescimento, calor, pobreza.


CENA 3 

Professora (ergue a mão, com autoridade)

— Basta!— Para evitarmos conflitos, é preciso que cada um de vocês respeite o outro. Todos têm valor e utilidade — diferentes, mas essenciais.

Vocês, simples, composto, concreto, abstrato, coletivo, próprio, derivado, primitivo — todos têm seu lugar e sua importância.


(Os “substantivos” se acalmam, olham uns para os outros com reconhecimento.)


Professora (conclui, dirigindo-se ao público/alunos)


(Cortina fecha ou alunos fazem uma saudação final.)


Texto Base

A Soberba dos substantivos

De Autoria: Professora Laudicea — 2020


Tudo se passa em uma sala de aula, numa segunda-feira, com uma turma do 6º ano. A professora chega, cumprimenta os alunos com um afetuoso “Bom dia!” e anuncia:

— Vamos iniciar a aula! O assunto de hoje é Substantivo.

Ela começa a explicação:

— Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo, normal e aumentativo).

— Agora, vamos conhecer a classificação dos substantivos. Cada um tem a sua importância. Vamos lá, turma linda!

Mas, nesse momento, algo curioso aconteceu: os substantivos, que estavam todos dormindo dentro do livro de Português, acordaram ao ouvir a professora — e começou a confusão!

— Deixe que eu falo, professora! — gritou o Substantivo Simples. — Sou formado por apenas um radical, como: amor, casa, felicidade, livro, roupa.

Você pode me usar assim: Vamos comer um sonho ali na minha casa?

O Substantivo Composto retrucou:

— O Substantivo Simples é muito intrometido! Tomou a vez da professora, mas eu vou colocá-lo no lugar dele. Ele pensa que é melhor do que eu!

— Sou o Substantivo Composto, formado por dois ou mais radicais, como: arco-íris, beija-flor, malmequer, passatempo, segunda-feira.

 

E continuou empolgado:

— Ainda existem dois tipos de composição: por justaposição e por aglutinação!

A professora tentou interromper:

— Chega! Agora eu continuo a aula!

Mas o Substantivo Composto não se calou:

— Na composição por justaposição, há junção de dois ou mais radicais, sem alteração dos elementos formadores: amor-perfeito (amor + perfeito), beija-flor (beija + flor), guarda-chuva (guarda + chuva), peixe-espada (peixe + espada), saca-rolhas (saca + rolhas).

Já na composição por aglutinação, há fusão dos radicais, com alteração em um deles: embora (em + boa + hora), planalto (plano + alto), vinagre (vinho + acre), fidalgo (filho + de + algo), dessarte (dessa + arte).

 

— Vejam só! — interrompeu o Substantivo Primitivo. — Esses dois acham que são os mais importantes, mas eu sou o original!

Sou o substantivo cuja origem vem de palavras de outras línguas, como latim, árabe, grego, francês e inglês.

Exemplos: algodão (do árabe al-qutun); chuva (do latim pluvial); folha (do latim folia); pedra (do grego pétra); quilo (do grego khylós).

O Substantivo Derivado riu alto:

— Kkkkk! Eu é que sou mais importante! Sou formado a partir de substantivos primitivos da língua portuguesa, como: açucareiro, chuvada, território, jardinagem, livraria.

O Substantivo Comum se meteu na conversa:

— Vocês acham que só porque sou comum eu não tenho valor? Eu nomeio genericamente os seres da mesma espécie, sem especificar: mãe, uva, computador.

Com elegância, o Substantivo Próprio respondeu:

— Eu sou escrito com letra maiúscula e nomeio seres individuais e específicos. Particularizo os seres dentro de sua espécie: Brasil, Carnaval, Flávia, Nilo.

Logo apareceu o Substantivo Coletivo:

— E eu? Sou escrito no singular, mas represento um conjunto de seres da mesma espécie!

Exemplo: arquipélago (conjunto de ilhas), cardume (conjunto de peixes), constelação (conjunto de estrelas).

O Substantivo Concreto se apresentou:

— Nomeio seres com existência própria, como objetos, pessoas, animais, vegetais, minerais, lugares...

Exemplos: mesa, chuva, Felipe, cachorro, samambaia.

E, por fim, o Substantivo Abstrato falou com voz suave:

— Eu nomeio conceitos, qualidades, estados, ações, sentimentos e sensações de outros seres.

Exemplos: amor, calor, beleza, pobreza, crescimento.

Nesse momento, a professora retomou o controle e disse:

— Para evitarmos conflitos, basta que cada um respeite o outro. Todos são importantes e têm sua utilidade. Cada um de vocês é essencial no momento certo!


domingo, 5 de outubro de 2025

Conto: Ser professor e ser aluno (Uma dedicatória em formato de conto ao professor Damião Augusto)

 Conto: Ser professor e ser aluno

Autora: Laudicea 2013-2025

Uma dedicatória em formato de conto ao professor Damião Augusto...

Marta era uma aluna que sempre enfrentou dificuldades no componente de Língua Portuguesa. Para piorar, teve a infelicidade de passar quase todo o ensino fundamental II com uma professora que não demonstrava amor pela profissão e seus alunos.

A cada dia que passava, Marta desejava que o tempo voasse, só para se ver livre daquela professora. Um dia, voltou para casa profundamente triste: durante a aula, fora chamada de “burra”, de forma indireta, mas entendeu que era com ela. Com o coração apertado, lembrou-se de seu melhor amigo, Jesus, e foi até a casa d’Ele para desabafar.

— Ah, Jesus, hoje estou tão triste!

— Calma, Marta, o que aconteceu? — perguntou Ele com voz suave.

— Aquela professora, mais uma vez, me chamou de burra. Eu não sei mais o que fazer. Esforço-me, mas minhas notas são sempre baixas. E ainda diz em todas as aulas, depois que ler as minhas produções textuais: “Parece que quanto mais bonitas as pessoas, mais burras são.”

Jesus então sorriu e respondeu:

— Marta, pelo menos uma qualidade ela reconhece em você.

— Qual?

 — perguntou surpresa.

— Ela te acha bonita!

 

Marta caiu na risada:

— É mesmo, Jesus, kkkkk!

— Agora se acalme, continuou Jesus e estude o máximo que puder. É com dedicação que conseguimos vencer os obstáculos.

— Vou tentar, Jesus!

Depois daquele diálogo, Marta passou a estudar com mais determinação e disciplina. Quando chegou o fim do ano, realizou sua última prova com esperança no coração.

Na entrega das notas, a professora chamou os alunos um a um:

— Paulo, sua nota...

— Marta, sua nota...

Ao ver o resultado, a professora não conseguiu esconder a surpresa:

— Marta!

— Como?

 — Repetiu, olhando várias vezes para o boletim.

A nota de Marta foi oito, radiante, correu para contar a novidade a Jesus:

— Jesus, você não vai acreditar! Tirei oito em Língua Portuguesa! Você precisava ver a cara da professora... Nunca vi alguém ficar tão triste com a superação de um aluno.

Jesus, então, respondeu com ternura:

— Não ligue para aqueles que desejam seu mal. Siga sempre em frente, com coragem e fé em Deus. Parabéns pela sua conquista! Nunca permita que críticas negativas definam quem você é.

Daquele dia em diante, Marta enfrentou os desafios da vida com mais maturidade, coragem e determinação. Concluiu o ensino médio, entrou para a faculdade. Na faculdade, Marta conheceu o professor Damião Augusto, um educador apaixonado pelo que fazia. Diferente daquela professora de sua infância, ele acreditava que cada aluno tinha um potencial único e sempre incentivava todos os alunos a não desistir diante das dificuldades.

 Suas aulas eram simplesmente fantásticas, e seu modo metodológico fez com que Marta tornar-se a profissional de hoje. Ela tornou-se professora, e com suas produções, hoje incentiva aqueles que têm dificuldade a enfrentar seus obstáculos e nunca desistir.


Peça - A Soberba dos substantivos

Peça: “A Soberba dos Substantivos” Personagens 1 Narrador  2 Professora 3 Substantivo Simples 4 Substantivo Composto 5 Substantivo Primitivo...