sábado, 20 de setembro de 2025

Meus contos

Chapeuzinho Laranja Lima 2025

 

 Texto de autoria da Professora Laudicea

 

Era uma vez uma menina muito esperta chamada Chapeuzinho Laranja Lima, doce como a fruta que lhe dava o apelido.

Ela vivia com seus pais e era muito querida por sua avó, que morava em outra cidade.

No dia do seu aniversário, seus pais lhe deram de presente um celular.

Algum tempo depois, Chapeuzinho pediu para passar as férias na casa da avó.

Os pais deixaram, mas aconselharam a menina:

— “Filha, não converse com estranhos na internet.”

Também orientaram a avó para que tivesse cuidado com os perigos do mundo virtual.

Durante as férias, a avó deixava a neta usar o celular por várias horas, atendendo seus desejos.

Até que, numa noite, alguém entrou no bate-papo com Chapeuzinho Laranja Lima e puxou conversa:

— “Oi, Chapeuzinho!”

Sem perceber a malícia, a menina respondeu e contou que estava passando as férias com a avó.

O desconhecido, que na verdade era um pedófilo, perguntou se a avó a deixava usar o celular sozinha.

— “Sim”, respondeu a menina.

Muito astuto, o criminoso imitou a voz de uma criança e sugeriu que ela tirasse a roupa e fizesse fotos.

Nesse instante, a avó bateu na porta:

— “Toc, toc!”

O pedófilo, tentando enganar, respondeu com voz infantil:

— “Quem é, Chapeuzinho Laranja Lima?”

A menina ficou sem palavras e lembrou dos conselhos dos pais.

A avó entrou no quarto e encontrou a neta estranha, escondida debaixo do lençol.

— “Por que está coberta nesse calor? Com quem conversava, se não há ninguém aqui?” — perguntou preocupada.

A criança contou o que havia acontecido.

A avó rapidamente percebeu que se tratava de um pedófilo, bloqueou o contato e aconselhou a neta sobre os perigos da internet.

 

 

 

Meu Amigo Sapato

2019

Autoria: Professora, Laudicea


            Meu amigo sapato vai comigo às festas, à faculdade, às viagens, a passeios e a muitos outros lugares importantes. Mas, ao chegar em casa, jogo o coitado para longe e reclamo, porque ele deixou meus pés cheios de calos. No entanto, a culpa não é dele, e sim minha, que o carrego para lá e para cá sem lhe dar descanso. 

        Um dia, porém, parei para observar que as coisas que são tão úteis e importantes em nossas vidas muitas vezes são aquelas das quais reclamamos, chutamos e até jogamos fora. Mas o tempo passa, e quando vamos reconhecer o valor daquilo que tínhamos, pode ser tarde demais: o tempo já levou.

        Percebi também que, assim como acontece com os objetos, o mesmo ocorre com as pessoas que estão ao nosso lado. As que mais nos ajudam e estão sempre presentes são justamente as que menos valorizamos. Assim, o tempo passa, as pessoas vão embora e, quando vamos dar o devido valor, já é tarde demais.

        Hoje, assim como valorizo meus sapatos, aprendi a valorizar mais as minhas coisas e, principalmente, as pessoas que permanecem ao meu lado. Se, em alguns momentos, me causaram incômodos, inúmeras foram as vezes em que me trouxeram alegrias e satisfações.

      E, assim como os sapatos um dia se descolam e acabam, as pessoas também se desgastam e partem. Por isso, é melhor valorizar aquilo que temos enquanto está ao nosso lado do que se arrepender quando não houver mais tempo.

 

A Soberba dos substantivos

2020

 

Autoria: Professora, Laudicea

 

        Tudo se passa em uma sala de aula, numa segunda feira em uma turma de 6° ano. A 

professora chega, cumprimenta seus alunos com um afetuoso Bom dia! E diz: Vamos 

iniciar a aula e o assunto de hoje é: Substantivo.

-Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), em número (singular e plural) e em grau (diminutivo, normal, aumentativo).

-Vamos conhecer agora a classificação dos substantivos, cada um tem a sua importância, vamos lá turma linda!

-Conforme as características que apresentam, os substantivos podem ser classificados em:

Nesse momento, os substantivos que estavam todos dormindo dentro do livro de Português, ao escutarem a professora iniciar a aula, começou a confusão:

-Deixe que eu falo professora: Sou o substantivo simples, formado por apenas um radical como: amor; casa; felicidade; livro; roupa, etc. 

-Você pode me utilizar da seguinte forma: Vamos comer um sonho ali na minha casa?

 -O substantivo simples é muito intrometido, tomou a vez da professora, o Substantivo composto, mas vou colocá-lo no lugar dele, ele está pensando que é melhor do que eu!

-Sou o Substantivo composto: Sou formado por dois ou mais radicais como: arco-íris, beija-flor, malmequer; passatempo; segunda-feira, etc.

E ainda tem mais!!!

Ainda pode ocorrer composição por justaposição ou composição por aglutinação:

-Chega! disse a professora, eu continuo com a aula:

Mas, o Substantivo composto continua: Na composição por justaposição, ocorre a junção de dois ou mais radicais, sem que haja alteração desses elementos formadores: amor-perfeito (amor + perfeito); beija-flor (beija + flor); guarda-chuva (guarda + chuva); peixe-espada (peixe + espada); saca-rolhas (saca + rolhas);

Já na composição por aglutinação, ocorre a fusão de dois ou mais radicais, havendo alteração de um desses elementos formadores: embora (em + boa + hora); planalto (plano + alto); vinagre (vinho + acre); fidalgo (filho + de + algo); dessarte (dessa + arte);

 -Vejam só! Para esses dois, eu sou mais importante, sou o Substantivo primitivo, sou o substantivos cuja origem reside em palavras de outras línguas (latim, árabe, grego, francês, inglês,…).

Algodão (do árabe al-qutun);

Chuva (do latim pluvial);

Folha (do latim folia); pedra (do grego pétra); 

Quilo (do grego khylós).

 -Kkkkk, eu sou mais importante, disse o Substantivo derivado, sou o substantivo que derivam de substantivos primitivos existentes na língua portuguesa:  açucareiro, chuvada, território, jardinagem, livraria.

-Vocês acham que só porque sou o Substantivo comum não tenho importância, sou melhor que vocês...O Substantivo comum  é aquele que nomeiam genericamente, sem especificar, seres da mesma espécie, que partilham características comuns: mãe, uva, computador.

 -Sou o Substantivo próprio, e fico só observando, sou escrito com letra maiúscula que nomeiam seres individuais e específicos. Particularizo os seres dentro de sua espécie, distinguindo-os dos restantes: Brasil, Carnaval, Flávia, Nilo.

 - E Eu sou o Substantivo coletivo, escrito no singular, indico um conjunto de coisas ou de seres da mesma espécie. arquipélago (conjunto de ilhas); cardume (conjunto de peixes); constelação (conjunto de estrelas); etc.

-Agora quem vai falar sou eu:

-Sou o Substantivo concreto, nomeio seres com existência própria, como objetos, pessoas, animais, vegetais, minerais, lugares, …mesa; chuva; Felipe; cachorro; samambaia.

 E para finalizar:

-Sou o Substantivo abstrato, nomeio conceitos, conceptualizações abstratas e realidades imateriais, como qualidades, noções, estados, ações, sentimentos e sensações de outros seres: amor; calor; beleza; pobreza; crescimento.

 — Neste momento a professora toma a vez novamente e diz:

Para evitarmos conflitos, basta cada um respeitar uns aos outros, pois todos temos utilidades, diferentes, mas são úteis em cada momento. 

 

 

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