terça-feira, 30 de setembro de 2025

Conto: O Poder da Palavra de um Professor (Leitura e interpretação textual )

(Dedicado ao Professor: Silvano Marcos)


Leitura e interpretação textual

Questionário


1 Segundo o texto, qual  o nome do protagonista da história?

a) Lucas

b) Pedro

c) Paulo

d) Silvano

 

O que foi revelado sobre o significado de amizade, quando os sequestradores ligaram para os contatos de Paulo?

R_____________________________________________________________________________________________________________________________________________


Quando os sequestradores ligaram para o professor Silvano, qual foi sua primeira reação?

a) Ajudar imediatamente;

b) Que aquela era uma chance de se livrar de um aluno problemático;

c) Que era uma brincadeira;

d) Chorar.


4 De acordo com o texto, por que o professor mudou de ideia e decidiu falar bem de Paulo?

R_____________________________________________________________________________________________________________________________________________


Os adjetivos que o professor usou para descrever Paulo foram:

a) Negativos

b)  Falsos

c) Positivos e incentivadores

d) Irônicos


6 Quais foram os  primeiros adjetivos que o professor pensou para descrever Paulo?

R_____________________________________________________________________________________________________________________________________________


O que Paulo aprendeu com essa experiência?

R_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

Em sua opinião, como as palavras de um um professor podem influenciar a vida de um aluno? Conte-nos sua experiência:

R_____________________________________________________________________________________________________________________________________________



domingo, 21 de setembro de 2025

Meus poemas

Poema 01

 Poema: GUERRA ENTRE OS DOIS LOBOS

2025

Autora: Laudicea

 

Tudo ia muito bem,

Quando de repente,

 Pensamentos de incapacidade surgira;

Por algo que não mais conseguia.

 

Dores na alma chegaram tão de repente,

Gritos silenciosos, minha alma sentira,

E com o passar dos dias,

Já estava perdida dentro de mim.

 

Choros sem fim, noites em lagrimas,

A tristeza cada dia aumentava,

O corpo tremia,

A esperança parecia fugir,

E o desespero interno aumentava,

Desejei morrer, 

Desisti de viver.

 

Clamei a Deus, pedi socorro,

Minha alma gritava!

No silêncio do desespero da alma, uma luz surgira,

Uma presença suave dentro de mim entrava,

A escuridão acabou, o medo se aquietou.

 

O período de angustia terminou,

 A esperança raiou,

A paz interior que não mais sentia,

Deus me devolvia,

E a alegria de viver, Deus restaurou.

 

Procure ajuda, Não morra em silêncio! 

Peça força a Deus!

Procure um familiar ou amigo de confiança que possa te ajudar!

Procure um profissional!

 

 

sábado, 20 de setembro de 2025

Contos, Crônica e depoimentos ( Minha autoria )

Conto 01

 Conto: Ser professor e ser aluno

Autora: Laudicea 2013-2025

Uma dedicatória em formato de conto ao professor Damião Augusto...

Marta era uma aluna que sempre enfrentou dificuldades no componente de Língua Portuguesa. Para piorar, teve a infelicidade de passar quase todo o ensino fundamental II com uma professora que não demonstrava amor pela profissão e seus alunos.

A cada dia que passava, Marta desejava que o tempo voasse, só para se ver livre daquela professora. Um dia, voltou para casa profundamente triste: durante a aula, fora chamada de “burra”, de forma indireta, mas entendeu que era com ela. Com o coração apertado, lembrou-se de seu melhor amigo, Jesus, e foi até a casa d’Ele para desabafar.

— Ah, Jesus, hoje estou tão triste!

— Calma, Marta, o que aconteceu? — perguntou Ele com voz suave.

— Aquela professora, mais uma vez, me chamou de burra. Eu não sei mais o que fazer. Esforço-me, mas minhas notas são sempre baixas. E ainda diz em todas as aulas, depois que ler as minhas produções textuais: “Parece que quanto mais bonitas as pessoas, mais burras são.”

Jesus então sorriu e respondeu:

— Marta, pelo menos uma qualidade ela reconhece em você.

— Qual?

 — perguntou surpresa.

— Ela te acha bonita!

 

Marta caiu na risada:

— É mesmo, Jesus, kkkkk!

— Agora se acalme, continuou Jesus e estude o máximo que puder. É com dedicação que conseguimos vencer os obstáculos.

— Vou tentar, Jesus!

Depois daquele diálogo, Marta passou a estudar com mais determinação e disciplina. Quando chegou o fim do ano, realizou sua última prova com esperança no coração.

Na entrega das notas, a professora chamou os alunos um a um:

— Paulo, sua nota...

— Marta, sua nota...

Ao ver o resultado, a professora não conseguiu esconder a surpresa:

— Marta!

— Como?

 — Repetiu, olhando várias vezes para o boletim.

A nota de Marta foi oito, radiante, correu para contar a novidade a Jesus:

— Jesus, você não vai acreditar! Tirei oito em Língua Portuguesa! Você precisava ver a cara da professora... Nunca vi alguém ficar tão triste com a superação de um aluno.

Jesus, então, respondeu com ternura:

— Não ligue para aqueles que desejam seu mal. Siga sempre em frente, com coragem e fé em Deus. Parabéns pela sua conquista! Nunca permita que críticas negativas definam quem você é.

Daquele dia em diante, Marta enfrentou os desafios da vida com mais maturidade, coragem e determinação. Concluiu o ensino médio, entrou para a faculdade. Na faculdade, Marta conheceu o professor Damião Augusto, um educador apaixonado pelo que fazia. Diferente daquela professora de sua infância, ele acreditava que cada aluno tinha um potencial único e sempre incentivava todos os alunos a não desistir diante das dificuldades.

 Suas aulas eram simplesmente fantásticas, e seu modo metodológico fez com que Marta tornar-se a profissional de hoje. Ela tornou-se professora, e com suas produções, hoje incentiva aqueles que têm dificuldade a enfrentar seus obstáculos e nunca desistir.



Conto 02

Conto: O Poder da Palavra de um professor

2025

(Dedicado ao professor: Silvano Marcos)

Autora: Laudicea

Mais uma segunda-feiraPaulo se arrumou para mais um dia de aula: escovou os dentes, lavou o rosto e vestiu o uniforme. Já estava quase na hora da aula começar quando lembrou-se que precisava comprar pão na padaria da esquina para tomar o café.

Eram exatamente 7h15min quando Paulo saiu de casa. De repente, surgiram alguns homens mascarados que o sequestraram. Em poucos minutos, eles pegaram o celular do aluno e viram os contatos da lista: “amigo Lucas”, “amigo Pedro”, “amiga Luana”, “amado professor Silvano Marcos”. Pensaram: são com esses mesmos que temos que falar e pedir o resgate.

Eram exatamente 12h15min quando os sequestradores começaram as ligações.

 Tum, tum, tum!

—Amigo Lucas: Alô, quem fala?

—Sequestrador: Sou um sequestrador e estou com seu amigo Paulo. Só o liberarei caso paguem o resgate.

Lucas fica nervoso e responde que não conhece nenhum Paulo.

—Sequestrador: Seu amigo Lucas disse que não te conhece...

—Paulo: Como assim? 

Os sequestradores continuaram e ligaram para o próximo contato.

         — Tum, tum, tum!

— Amigo Pedro: Alô, quem fala?

— Sequestrador: Sou um sequestrador e estou com seu amigo Paulo. Só o liberarei mediante pagamento do resgate. 

Pedro também fica assustado e diz que não conhece nenhum Paulo.

 —Sequestrador: Seu amigo Pedro também disse que não te conhece...

— Paulo: Que amigos são esses?

         Mais uma ligação.

 — Tum, tum, tum!

— Amiga Luana: Alô, quem fala?

— Sequestrador: Sou um sequestrador e estou com seu amigo Paulo. Só o liberarei se pagarem o resgate. 

Luana corre até o professor e conta tudo:

         — Um sequestrador ligou dizendo que está com o Paulo. Só vai soltá-lo se pagarem o resgate. 

O professor fica nervoso e começa a orar, pedindo a Deus sabedoria. Depois de se acalmar, pergunta a Luana como tudo aconteceu. Nesse momento o telefone do professor toca.

         — Tum, tum, tum!

—Professor: Alô, quem fala?

—Sequestrador: Sou um sequestrador e estou com seu aluno Paulo. Só o liberarei mediante pagamento do resgate. 

O professor então lembra: Paulo é um aluno que faz bagunça, atrapalha as aulas, não escreve, é indisciplinado. Pensou, por um instante: “essa é a oportunidade de não vê-lo mais e ficar em paz nas minhas aulas.” Mas logo se arrepende e reflete sobre sua missão como professor. Decide então perguntar ao sequestrador qual é o valor do resgate.

         O sequestrador exigiu um valor muito alto.

—Professor: Nem todo o meu salário de um ano chegaria a essa quantia.

—Sequestrador: Diga-me ao menos: Paulo é um bom aluno nas aulas? 

Nesse momento, Paulo fica ainda mais angustiado por saber que seu comportamento não era adequado. 

Há um silêncio. 

— Sequestrador: Alguém na linha?

— Professor: Sim, estou aqui. 

O professor pensa nos adjetivos que descreveriam Paulo. Na primeira reação, lhe ocorrem palavras negativas: péssimo, prejudicial, desagradável, inadequado, interesseiro, procrastinador, mau, ruim... Mas, ele percebe que, se disser isso, pode colocar a vida do aluno em risco. Então decide escolher outras palavras. 

—Professor: Paulo é um aluno inteligente, estudioso, excelente, maravilhoso, agradável, bom, feliz, correto e generoso.

O sequestrador ouviu atentamente cada palavra do professor. Houve um longo silêncio do outro lado da linha. Então, de repente, Paulo começou a rir.

—Sequestrador: Professor, não se preocupe. Esse não foi um sequestro de verdade. Foi apenas um teste para saber qual seria a atitude de um professor na hora de salvar um aluno.

Logo em seguida, Paulo foi libertado, correu até a escola e abraça o professor, emocionado.

— Paulo: Professor, eu não sabia que o senhor pensava isso de mim.

         O professor sorriu e respondeu: 

— Professor: Paulo, hoje você teve a chance de ver o quanto as palavras importam. Os adjetivos que usamos podem machucar, mas também podem salvar. 

A partir daquele dia, Paulo mudou seu comportamento: passou a estudar, ajudar os colegas e participar com respeito das aulas, pois entendeu o real valor de um o professor.

 


Conto 03

Chapeuzinho Laranja Lima 2025

 Texto de autoria da Professora Laudicea

 

Era uma vez uma menina muito esperta chamada Chapeuzinho Laranja Lima, doce como a fruta que lhe dava o apelido.

Ela vivia com seus pais e era muito querida por sua avó, que morava em outra cidade.

No dia do seu aniversário, seus pais lhe deram de presente um celular.

Algum tempo depois, Chapeuzinho pediu para passar as férias na casa da avó.

Os pais deixaram, mas aconselharam a menina:

— “Filha, não converse com estranhos na internet.”

Também orientaram a avó para que tivesse cuidado com os perigos do mundo virtual.

Durante as férias, a avó deixava a neta usar o celular por várias horas, atendendo seus desejos.

Até que, numa noite, alguém entrou no bate-papo com Chapeuzinho Laranja Lima e puxou conversa:

— “Oi, Chapeuzinho!”

Sem perceber a malícia, a menina respondeu e contou que estava passando as férias com a avó.

O desconhecido, que na verdade era um pedófilo, perguntou se a avó a deixava usar o celular sozinha.

— “Sim”, respondeu a menina.

Muito astuto, o criminoso imitou a voz de uma criança e sugeriu que ela tirasse a roupa e fizesse fotos.

Nesse instante, a avó bateu na porta:

— “Toc, toc!”

O pedófilo, tentando enganar, respondeu com voz infantil:

— “Quem é, Chapeuzinho Laranja Lima?”

A menina ficou sem palavras e lembrou dos conselhos dos pais.

A avó entrou no quarto e encontrou a neta estranha, escondida debaixo do lençol.

— “Por que está coberta nesse calor? Com quem conversava, se não há ninguém aqui?” — perguntou preocupada.

A criança contou o que havia acontecido.

A avó rapidamente percebeu que se tratava de um pedófilo, bloqueou o contato e aconselhou a neta sobre os perigos da internet.

 

 

Conto 04

Meu Amigo Sapato

2019

Autoria: Professora, Laudicea


Meu amigo sapato vai comigo às festas, à faculdade, às viagens, a passeios e a muitos outros lugares importantes. Mas, ao chegar em casa, jogo o coitado para longe e ainda reclamo, porque ele deixou meus pés cheios de calos. No entanto, a culpa não é dele — é minha, que o carrego para lá e para cá sem lhe dar descanso.

Um dia, porém, parei para observar que as coisas mais úteis e importantes em nossas vidas são, muitas vezes, aquelas das quais reclamamos, chutamos e até jogamos fora. Mas o tempo passa, e quando finalmente reconhecemos o valor daquilo que tínhamos, pode ser tarde demais: o tempo já levou.

Percebi também que, assim como acontece com os objetos, o mesmo ocorre com as pessoas ao nosso redor. As que mais nos ajudam e estão sempre presentes são justamente as que menos valorizamos. E, quando o tempo passa e essas pessoas vão embora, é só então que nos damos conta do quanto eram preciosas — mas já é tarde demais.

Hoje, assim como aprendi a valorizar meus sapatos, aprendi também a valorizar mais as minhas coisas e, principalmente, as pessoas que permanecem ao meu lado. Se, em alguns momentos, me causaram incômodos, inúmeras foram as vezes em que me trouxeram alegrias e satisfações.

E, assim como os sapatos um dia se descolam e se acabam, as pessoas também se desgastam e partem. Por isso, é melhor valorizar o que temos enquanto está ao nosso lado — do que se arrepender quando não houver mais tempo.            


Conto 05

A Soberba dos substantivos

Autoria: Professora Laudicea — 2020


Tudo se passa em uma sala de aula, numa segunda-feira, com uma turma do 6º ano. A professora chega, cumprimenta os alunos com um afetuoso “Bom dia!” e anuncia:

— Vamos iniciar a aula! O assunto de hoje é Substantivo.

Ela começa a explicação:

— Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo, normal e aumentativo).

— Agora, vamos conhecer a classificação dos substantivos. Cada um tem a sua importância. Vamos lá, turma linda!

Mas, nesse momento, algo curioso aconteceu: os substantivos, que estavam todos dormindo dentro do livro de Português, acordaram ao ouvir a professora — e começou a confusão!

— Deixe que eu falo, professora! — gritou o Substantivo Simples. — Sou formado por apenas um radical, como: amor, casa, felicidade, livro, roupa.

Você pode me usar assim: Vamos comer um sonho ali na minha casa?

O Substantivo Composto retrucou:

— O Substantivo Simples é muito intrometido! Tomou a vez da professora, mas eu vou colocá-lo no lugar dele. Ele pensa que é melhor do que eu!

— Sou o Substantivo Composto, formado por dois ou mais radicais, como: arco-íris, beija-flor, malmequer, passatempo, segunda-feira.

 

E continuou empolgado:

— Ainda existem dois tipos de composição: por justaposição e por aglutinação!

A professora tentou interromper:

— Chega! Agora eu continuo a aula!

Mas o Substantivo Composto não se calou:

— Na composição por justaposição, há junção de dois ou mais radicais, sem alteração dos elementos formadores: amor-perfeito (amor + perfeito), beija-flor (beija + flor), guarda-chuva (guarda + chuva), peixe-espada (peixe + espada), saca-rolhas (saca + rolhas).

Já na composição por aglutinação, há fusão dos radicais, com alteração em um deles: embora (em + boa + hora), planalto (plano + alto), vinagre (vinho + acre), fidalgo (filho + de + algo), dessarte (dessa + arte).

 

— Vejam só! — interrompeu o Substantivo Primitivo. — Esses dois acham que são os mais importantes, mas eu sou o original!

Sou o substantivo cuja origem vem de palavras de outras línguas, como latim, árabe, grego, francês e inglês.

Exemplos: algodão (do árabe al-qutun); chuva (do latim pluvial); folha (do latim folia); pedra (do grego pétra); quilo (do grego khylós).

O Substantivo Derivado riu alto:

— Kkkkk! Eu é que sou mais importante! Sou formado a partir de substantivos primitivos da língua portuguesa, como: açucareiro, chuvada, território, jardinagem, livraria.

O Substantivo Comum se meteu na conversa:

— Vocês acham que só porque sou comum eu não tenho valor? Eu nomeio genericamente os seres da mesma espécie, sem especificar: mãe, uva, computador.

Com elegância, o Substantivo Próprio respondeu:

— Eu sou escrito com letra maiúscula e nomeio seres individuais e específicos. Particularizo os seres dentro de sua espécie: Brasil, Carnaval, Flávia, Nilo.

Logo apareceu o Substantivo Coletivo:

— E eu? Sou escrito no singular, mas represento um conjunto de seres da mesma espécie!

Exemplo: arquipélago (conjunto de ilhas), cardume (conjunto de peixes), constelação (conjunto de estrelas).

O Substantivo Concreto se apresentou:

— Nomeio seres com existência própria, como objetos, pessoas, animais, vegetais, minerais, lugares...

Exemplos: mesa, chuva, Felipe, cachorro, samambaia.

E, por fim, o Substantivo Abstrato falou com voz suave:

— Eu nomeio conceitos, qualidades, estados, ações, sentimentos e sensações de outros seres.

Exemplos: amor, calor, beleza, pobreza, crescimento.

Nesse momento, a professora retomou o controle e disse:

— Para evitarmos conflitos, basta que cada um respeite o outro. Todos são importantes e têm sua utilidade. Cada um de vocês é essencial no momento certo!


Texto 06

Crônica: Um olhar humano

  Autora: Laudicea Marta

 

Um dia, quis conhecer todas as teorias, dominar todas as regras gramaticais: Sintaxe, Morfologia, Fonologia e Semântica. Mas, a cada dia que passava, isso me angustiava. Tentei de tudo, mas não consegui... Foram dias de tristeza.

Com o passar do tempo, entendi que só precisava reconhecer que era apenas um ser humano — e ver o meu aluno também como humano. Que não é preciso dominar todas as teorias nem compreender todas as técnicas; é preciso sentir-se humano e perceber que há alunos precisando mais de mim do que dos meus conhecimentos em determinados momentos.

Há almas que, às vezes, vão à escola com a esperança de ouvir do professor uma palavra que não escutam em casa. Mas o professor, diante dos conflitos cotidianos, nem sempre consegue enxergar isso — e acaba agindo de forma insensível.

Há alunos que querem apenas um abraço, um sorriso, uma palavra — e que essa palavra não seja apenas trabalhada morfologicamente, mas retirada do fundo do coração. Que, ao trabalhar frases, não seja apenas um estudo de sujeito e predicado, mas o reconhecimento de que existem sujeitos precisando ser ouvidos.

Que, ao escolher um texto, ele possa ser estudo e também pretexto — não apenas para a compreensão, mas para que sua interpretação vá além do que ensina a gramática: que toque a alma e provoque transformação no coração do aluno, despertando nele a vontade de voltar a ler e também de viver.

Entendi que ser professor não é apenas corrigir erros gramaticais, mas ajudar o aluno a refletir sobre seus erros e buscar seus acertos. Que, ao trabalhar a justaposição das palavras, o professor lembre que ali podem existir sentimentos despedaçados — e que ele tem o poder, na verbalização, de ajudar a ajustar.

Se alguém quiser apenas transmitir conhecimento, que o faça. Mas, se quiser ser um transformador de almas, que seja. A vida é feita de escolhas. Eu escolhi fazer a diferença na vida de quem está precisando — e, depois dessa decisão, consegui sentir prazer na minha profissão.   


segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Leitura e interpretação textual: "A AMANTE"

Leitura e interpretação textual: "A AMANTE"


1 Segundo o texto, quem é essa  “estranha” mencionada?

R- A televisão

2 Qual pode ser o verdadeiro significado simbólico da “estranha” na narrativa?

R-

3 Atualmente, a “estranha” foi substituída por:

a) Amante

b) Esposa

c) Psicóloga

d) Celular

4 Na frase: “Simplesmente Formidável” Qual das palavras abaixo faria a frase perder o sentido ao ser substituída pela palavra destacada?

 a) Extremamente bela

b) Extremamente boa

c) Magnífica

d) Feia

5 Enquanto eu crescia, na minha mente jovem, Qual o significado da palavra destacada:

R_

6 “Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau”  Se no lugar do termo mau tivesse mal, a oração continuaria com mesmo sentido? Justifique:

 R_

7 “Mandava a gente ficar em silêncio para poder ouvi-la” O pronome la foi utilizado para substituir qual palavra?

R- A estranha (A televisão)

8 “Muitas vezes a levava pro quarto e dormia com ela”. De acordo com a oração retirada do texto, você concorda com a atitude de colocar uma estranha em seu quarto? Justifique:

 R-


 Observe os trechos:

 “As brigas, os palavrões em nossa família  não eram permitidos nem por parte de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, ela usava sua linguagem inapropriada.”

“Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool e fumar, mas ela nos incentivava, dizia que isto nos destacava na sociedade.”

 “Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência por ela.”

 

Faça um comentário sobre os princípios que defendemos e das portas que abrimos para que os meios de comunicação posso nos influenciar?

 R-

10 “Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Onde foi a primeira vez que você ouviu sobre sexo?

O que achou?

Como foi experiência?

 

Texto


*A AMANTE...*

Simplesmente Formidável!!!

Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com esta encantadora novata e, em seguida, a convidou pra  morar com gente.

A estranha aceitou e, pasmem, minha mãe também!!!

Enquanto eu crescia, na minha mente jovem, ela já tinha um lugar muito especial.

Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer. Mas a estranha era mais forte, nos encantava por horas falando de aventuras e mistérios.

Ela sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber.

Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! O chato é que não podíamos discordar dela. Ela sempre tinha a última palavra!!!

Foi ela quem levou minha família ao primeiro jogo de futebol.

Fazia a gente rir e chorar.

A estranha quase nunca parava de falar, mas o meu pai a amava. Tinha até ciúmes. Mandava a gente ficar em silêncio para poder ouvi-la.

Muitas vezes a levava pro quarto e dormia com ela. Minha mãe não gostava, mas aceitava.

Agora me pergunto se minha mãe teria rezado alguma vez para que ela fosse embora.

Meu pai dirigia nosso lar com fortes convicções morais, mas a estranha não se sentia obrigada a segui-las...

As brigas, os palavrões em nossa família  não eram permitidos nem por parte de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse.

Entretanto, ela usava sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai e minha mãe se ruborizar.

Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool e fumar, mas ela nos incentivava, dizia que isto nos destacava na sociedade.

Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo

Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência por ela.

Muitas vezes a gente a criticava, mas ela não se importava e não ía embora da nossa casa. Mas também a gente era conivente com toda esta situação.

Passaram-se mais de cinquenta anos desde que a estranha veio para nossa família. 

Desde então ela mudou muito, mas ainda continua jovem, prática, bonita e elegante.

Esta lá em casa, tranquila, esperando que alguém queira escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia, admirá-la.


https://esbrasil.com.br/a-amante-em-nossa-casa/

Apostila: Leitura, interpretação, e compreensão textual (Textos de minha autoria)

Apostila: Leitura, interpretação, e compreensão textual (questões aberta e fechadas)    Textos de autoria: Professora Laudicea    TEXTO 01  ...