Gênero Depoimento
Autora: Laudicea Marta
Durante toda a gestação, os dias se repetiam em choro
e silêncio. Enquanto todos viam apenas uma grávida feliz, eu sentia tristezas
que não sabia explicar. Escutava vozes que falava com a minha alma pedindo para
pular de janelas, de escadas, foram dias e noites de solidão, e a tristeza se
acumulava dentro de minha alma. O corpo doía, mas a alma doía
ainda mais, e eu me via perdida dentro de mim mesma, entre a dor e o medo de morrer na solidão. Sabia que tudo aquilo
que estava passando eram obras do mal, e que o suicídio me faria perder a
salvação.
Quando chegou o período do resguardo, achei que o descanso me traria felicidade. Mas a tristeza aumentou, e o medo me
dominava cada dia mais. Tremia sem motivo, e tive até vontade de
desistir de viver. Clamei a Deus em
meu coração, pedindo apenas socorro, qualquer coisa que me fizesse acreditar
que ainda havia solução. E assim pedi a morte, não consegui sentir alegria pela
criança ao meu lado, seu choro dava-me vontade de chorar também.
Naquele momento no quarto, senti uma
presença sobrenatural que não podia ser explicada, me envolvendo em conforto de corpo, alma e espirito. Comecei a senti que não estava sozinha, e percebi que a dor na alma estava dando-me um adeus. Naquele momento minha bebê chorou, estava sozinha,
mas não senti mais vontade de chorar, levantei preparei seu leite
e a dei de mamar. Por fim, uma alegria voltou a reinar em meu interior. Minha
tristeza deu lugar à paz, e o vazio que me consumia foi preenchido com a
presença de Deus, Ele havia curado minha alma, logo compreendi que, mesmo nos
momentos mais difíceis, a fé pode trazer a cura. A depressão tem cura, procure
ajuda de um profissional e não esqueça: Deus nunca te deixa só.
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