Apostila: Leitura, interpretação, e compreensão textual (questões aberta
e fechadas)
Textos de autoria: Professora Laudicea
TEXTO 01
Conto: Ser
Professor e ser Aluno 2013-2025
Uma dedicatória em
formato de conto ao professor Damião Augusto...
Marta era uma aluna
que sempre enfrentou dificuldades no componente de Língua Portuguesa. Para
piorar, teve a infelicidade de passar quase todo o ensino fundamental II com
uma professora que não demonstrava amor pela profissão e seus alunos.
A cada dia que
passava, Marta desejava que o tempo voasse, só para se ver livre daquela
professora. Um dia, voltou para casa profundamente triste: durante a aula, fora
chamada de “burra”, de forma indireta, mas entendeu que era com ela. Com o
coração apertado, lembrou-se de seu melhor amigo, Jesus, e foi até a casa d’Ele
para desabafar.
— Ah, Jesus, hoje estou tão triste!
— Calma, Marta, o que aconteceu? —
perguntou Ele com voz suave.
— Aquela professora, mais uma vez, me
chamou de burra. Eu não sei mais o que fazer. Esforço-me, mas minhas notas são
sempre baixas. E ainda diz em todas as aulas, depois que ler as minhas
produções textuais: “Parece que quanto mais bonitas as pessoas, mais burras
são.”
Jesus então sorriu e respondeu:
— Marta, pelo menos uma qualidade ela
reconhece em você.
— Qual?
— perguntou surpresa.
— Ela te acha bonita!
Marta caiu na risada:
— É mesmo, Jesus, kkkkk!
— Agora se acalme, continuou Jesus e
estude o máximo que puder. É com dedicação que conseguimos vencer os
obstáculos.
— Vou tentar, Jesus!
Depois daquele
diálogo, Marta passou a estudar com mais determinação e disciplina. Quando
chegou o fim do ano, realizou sua última prova com esperança no coração.
Na entrega das notas,
a professora chamou os alunos um a um:
— Paulo, sua nota...
— Marta, sua nota...
Ao ver o resultado, a
professora não conseguiu esconder a surpresa:
— Marta!
— Como?
— Repetiu, olhando várias vezes
para o boletim.
A nota de Marta foi
oito, radiante, correu para contar a novidade a Jesus:
— Jesus, você não vai acreditar! Tirei
oito em Língua Portuguesa! Você precisava ver a cara da professora... Nunca vi
alguém ficar tão triste com a superação de um aluno.
Jesus, então,
respondeu com ternura:
— Não ligue para aqueles que desejam
seu mal. Siga sempre em frente, com coragem e fé em Deus. Parabéns pela sua
conquista! Nunca permita que críticas negativas definam quem você é.
Daquele dia em
diante, Marta enfrentou os desafios da vida com mais maturidade, coragem e
determinação. Concluiu o ensino médio, entrou para a faculdade. Na faculdade,
Marta conheceu o professor Damião Augusto, um educador apaixonado pelo que
fazia. Diferente daquela professora de sua infância, ele acreditava que cada aluno
tinha um potencial único e sempre incentivava todos os alunos a não desistir
diante das dificuldades.
Suas aulas eram
simplesmente fantásticas, e seu modo metodológico fez com que Marta tornar-se a
profissional de hoje. Ela tornou-se professora, e com suas produções, hoje
incentiva aqueles que têm dificuldade a enfrentar seus obstáculos e nunca
desistir.
Questionário
1 Em conformidade com o texto, qual era o componente que Marta tinha
dificuldades na escola?
a) Matemática
b) História
c)
Língua Portuguesa
d) Ciências
2 Qual a maior característica da professora que Marta tem como
recordação no ensino fundamental?
a) Uma professora amorosa;
b) Uma professora exigente;
c) Uma professora desatenta;
d) Uma
professora sem amor pela profissão.
3 O que fazia Marta sentir-se tão triste nas aulas?
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4 Qual foi o ensinamento que Jesus deu quando Marta contou que a
professora a chamava de “burra”?
R_______________________________________________________________________________________________________________________
5 Qual foi a lição que Jesus deixou como reflexão para Marta diante dos
obstáculos?
R______________________________________________________________________________________________________________________
6 Qual foi a nota que Marta tirou em Língua Portuguesa ao final do
ano?
a) 10
b) 5
c)
8
d) 7
7 Como foi a reação da professora diante da nota de Marta,
demonstrou a importância do incentivo na aprendizagem?
R______________________________________________________________________________________________________________________
8. Explique, com suas palavras, quem foi o professor Damião
Augusto na vida de Marta.
R_______________________________________________________________________________________________________________________
9 Qual a profissão de Marta depois de concluir a faculdade?
a) Médica
b)
Professora
c) Escritora
d) Psicóloga
10 O conto apresenta duas figuras de professores: uma que
desmotiva e outra que inspira.
Em sua opinião, quais qualidades um bom professor deve ter para marcar
positivamente a vida de seus alunos?
TEXTO 02
Conto: O Poder da Palavra de um Professor 2025
(Dedicado ao
professor: Silvano Marcos)
Mais
uma segunda-feira. Paulo se arrumou para mais um dia de
aula: escovou os dentes, lavou o rosto e vestiu o uniforme. Já estava
quase na hora da aula começar quando lembrou-se que precisava comprar pão
na padaria da esquina para tomar o café.
Eram
exatamente 7h15min quando Paulo saiu de casa. De repente, surgiram alguns
homens mascarados que o sequestraram. Em poucos minutos, eles pegaram o celular
do aluno e viram os contatos da lista: “amigo Lucas”, “amigo Pedro”, “amiga
Luana”, “amado professor Silvano Marcos”. Pensaram: são com esses
mesmos que temos que falar e pedir o resgate.
Eram
exatamente 12h15min quando os sequestradores começaram as ligações.
Tum,
tum, tum!
—Amigo
Lucas: Alô, quem fala?
—Sequestrador:
Sou um sequestrador e estou com seu amigo Paulo. Só o liberarei caso paguem o
resgate.
Lucas
fica nervoso e responde que não conhece nenhum Paulo.
—Sequestrador:
Seu amigo Lucas disse que não te conhece...
—Paulo:
Como assim?
Os
sequestradores continuaram e ligaram para o próximo contato.
— Tum, tum, tum!
—
Amigo Pedro: Alô, quem fala?
—
Sequestrador: Sou um sequestrador e estou com seu amigo Paulo. Só o liberarei
mediante pagamento do resgate.
Pedro
também fica assustado e diz que não conhece nenhum Paulo.
—Sequestrador:
Seu amigo Pedro também disse que não te conhece...
—
Paulo: Que amigos são esses?
Mais uma ligação.
—
Tum, tum, tum!
—
Amiga Luana: Alô, quem fala?
—
Sequestrador: Sou um sequestrador e estou com seu amigo Paulo. Só o liberarei
se pagarem o resgate.
Luana
corre até o professor e conta tudo:
— Um sequestrador ligou dizendo que está com o Paulo. Só vai soltá-lo se
pagarem o resgate.
O
professor fica nervoso e começa a orar, pedindo a Deus sabedoria. Depois de se
acalmar, pergunta a Luana como tudo aconteceu. Nesse momento o telefone do
professor toca.
— Tum, tum, tum!
—Professor:
Alô, quem fala?
—Sequestrador:
Sou um sequestrador e estou com seu aluno Paulo. Só o liberarei mediante
pagamento do resgate.
O
professor então lembra: Paulo é um aluno que faz bagunça, atrapalha as aulas,
não escreve, é indisciplinado. Pensou, por um instante: “essa é a oportunidade
de não vê-lo mais e ficar em paz nas minhas aulas.” Mas logo se arrepende e
reflete sobre sua missão como professor. Decide então perguntar ao sequestrador
qual é o valor do resgate.
O sequestrador exigiu um valor muito alto.
—Professor:
Nem todo o meu salário de um ano chegaria a essa quantia.
—Sequestrador:
Diga-me ao menos: Paulo é um bom aluno nas aulas?
Nesse
momento, Paulo fica ainda mais angustiado por saber que seu comportamento não
era adequado.
Há
um silêncio.
—
Sequestrador: Alguém na linha?
—
Professor: Sim, estou aqui.
O
professor pensa nos adjetivos que descreveriam Paulo. Na primeira reação, lhe
ocorrem palavras negativas: péssimo, prejudicial, desagradável,
inadequado, interesseiro, procrastinador, mau, ruim... Mas, ele
percebe que, se disser isso, pode colocar a vida do aluno em risco. Então
decide escolher outras palavras.
—Professor:
Paulo é um aluno inteligente, estudioso, excelente, maravilhoso,
agradável, bom, feliz, correto e generoso.
O sequestrador ouviu
atentamente cada palavra do professor. Houve um longo silêncio do outro lado da
linha. Então, de repente, Paulo começou a rir.
—Sequestrador:
Professor, não se preocupe. Esse não foi um sequestro de verdade. Foi apenas um
teste para saber qual seria a atitude de um professor na hora de salvar um aluno.
Logo
em seguida, Paulo foi libertado, correu até a escola e abraça o professor,
emocionado.
— Paulo: Professor,
eu não sabia que o senhor pensava isso de mim.
O professor sorriu e respondeu:
—
Professor: Paulo, hoje você teve a chance de ver o quanto as palavras importam.
Os adjetivos que usamos podem machucar, mas também podem
salvar.
A
partir daquele dia, Paulo mudou seu comportamento: passou a estudar, ajudar os
colegas e participar com respeito das aulas, pois entendeu o real valor de
um o professor.
Questionário
1 Segundo o texto, qual o nome do
protagonista da história?
a) Lucas
b) Pedro
c) Paulo
d) Silvano
2 O que foi revelado sobre o
significado de amizade, quando os sequestradores ligaram para os contatos de
Paulo?
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3 Quando os sequestradores ligaram
para o professor Silvano, qual foi sua primeira reação?
a) Ajudar imediatamente;
b) Que aquela era uma chance de se livrar
de um aluno problemático;
c) Que era uma brincadeira;
d) Chorar.
4 De acordo com o texto, por que o
professor mudou de ideia e decidiu falar bem de Paulo?
R_______________________________________________________________________________________________________________________
5 Os adjetivos que o professor
usou para descrever Paulo foram:
a) Negativos
b) Falsos
c) Positivos e incentivadores
d) Irônicos
6 Quais foram os primeiros
adjetivos que o professor pensou para descrever Paulo?
R_______________________________________________________________________________________________________________________
7 O que Paulo aprendeu com essa
experiência?
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8 Em sua opinião, como as palavras
de um um professor podem influenciar a vida de um aluno? Conte-nos
sua experiência:
R_______________________________________________________________________________________________________________________
TEXTO O3
A Soberba dos
substantivos 2020
Tudo se passa em uma
sala de aula, numa segunda-feira, com uma turma do 6º ano. A professora
chega, cumprimenta os alunos com um afetuoso “Bom dia!” e anuncia:
— Vamos iniciar a
aula! O assunto de hoje é Substantivo.
Ela começa a
explicação:
— Substantivos são
palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre
outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número
(singular e plural) e grau (diminutivo normal e aumentativo).
— Agora, vamos
conhecer a classificação dos substantivos. Cada um tem a sua importância. Vamos
lá, turma linda!
Mas, nesse momento,
algo curioso aconteceu: os substantivos, que estavam todos dormindo dentro do
livro de Português, acordaram ao ouvir a professora — e começou a confusão!
— Deixe que eu falo,
professora! — gritou o Substantivo Simples. — Sou formado por apenas um
radical, como: amor, casa, felicidade, livro, roupa.
Você pode me usar
assim: Vamos comer um sonho ali na minha casa?
O Substantivo
Composto retrucou:
— O Substantivo
Simples é muito intrometido! Tomou a vez da professora, mas eu vou colocá-lo no
lugar dele. Ele pensa que é melhor do que eu!
— Sou o Substantivo
Composto, formado por dois ou mais radicais, como: arco-íris, beija-flor,
malmequer, passatempo, segunda-feira.
E continuou
empolgado:
— Ainda existem dois
tipos de composição: por justaposição e por aglutinação!
A professora tentou
interromper:
— Chega! Agora eu
continuo a aula!
Mas o Substantivo
Composto não se calou:
— Na composição por
justaposição, há junção de dois ou mais radicais, sem alteração dos elementos
formadores: amor-perfeito (amor + perfeito), beija-flor (beija + flor),
guarda-chuva (guarda + chuva), peixe-espada (peixe + espada), saca-rolhas (saca
+ rolhas).
Já na composição por
aglutinação, há fusão dos radicais, com alteração em um deles: embora (em + boa
+ hora), planalto (plano + alto), vinagre (vinho + acre), fidalgo (filho + de +
algo), dessarte (dessa + arte).
— Vejam só! —
interrompeu o Substantivo Primitivo. — Esses dois acham que são os mais
importantes, mas eu sou o original!
Sou o substantivo
cuja origem vem de palavras de outras línguas, como latim, árabe, grego,
francês e inglês.
Exemplos: algodão (do
árabe al-qutun); chuva (do latim pluvial); folha (do latim folia); pedra (do
grego pétra); quilo (do grego khylós).
O Substantivo
Derivado riu alto:
— Kkkkk! Eu é que sou
mais importante! Sou formado a partir de substantivos primitivos da língua
portuguesa, como: açucareiro, chuvada, território, jardinagem, livraria.
O Substantivo Comum
se meteu na conversa:
— Vocês acham que só
porque sou comum eu não tenho valor? Eu nomeio genericamente os seres da mesma
espécie, sem especificar: mãe, uva, computador.
Com elegância, o
Substantivo Próprio respondeu:
— Eu sou escrito com
letra maiúscula e nomeio seres individuais e específicos. Particularizo os
seres dentro de sua espécie: Brasil, Carnaval, Flávia, Nilo.
Logo apareceu o
Substantivo Coletivo:
— E eu? Sou escrito
no singular, mas represento um conjunto de seres da mesma espécie!
Exemplo: arquipélago
(conjunto de ilhas), cardume (conjunto de peixes), constelação (conjunto de
estrelas).
O Substantivo
Concreto se apresentou:
— Nomeio seres com
existência própria, como objetos, pessoas, animais, vegetais, minerais,
lugares...
Exemplos: mesa,
chuva, Felipe, cachorro, samambaia.
E, por fim, o
Substantivo Abstrato falou com voz suave:
— Eu nomeio
conceitos, qualidades, estados, ações, sentimentos e sensações de outros seres.
Exemplos: amor,
calor, beleza, pobreza, crescimento.
Nesse momento, a
professora retomou o controle e disse:
— Para evitarmos
conflitos, basta que cada um respeite o outro. Todos são importantes e têm sua
utilidade. Cada um de vocês é essencial no momento certo!
Questionário
1. Onde se passa a história “A Soberba dos Substantivos”?
a) No pátio;
b)
Em uma sala de aula;
c) Na cozinha;
d) Na biblioteca.
2. Qual era o conteúdo que a professora estava tentando ensinar naquele
dia?
a) Verbos
b)
Substantivos
c) Pronomes
d) Adjetivos
3. O que aconteceu quando a professora começou explicar o assunto?
a) Os alunos começaram a conversar.
b)
Os substantivos começaram a discutir.
c) O livro caiu no chão;
d) Os substantivos sumiram.
4. Qual é a principal mensagem que o texto transmite?
a) Que os substantivos são competitivos.
b) Que apenas o substantivo próprio é importante.
c)
Que todos os substantivos têm sua importância e devem ser respeitados.
d) Que aprender gramática é difícil.
5. O Substantivo Simples e o Substantivo Composto discutem sobre suas
diferenças.
Explique, qual é a diferença entre eles.
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6. O Substantivo Primitivo se considera importante porque:
a)
É o que dá origem a outros substantivos.
b) É o que indica qualidades.
c) É o que se escreve com letra maiúscula.
d) É o que indica sentimentos.
7. O que a professora disse no final da história para acabar com a
confusão?
R Que
todos os substantivos são úteis e devem se respeitar.
8. Você gostou da forma como foi explicado o assunto sobre substantivos?
Explique o que mais chamou sua atenção e o que aprendeu com ela.
R_______________________________________________________________________________________________________________________
TEXTO O4
Meu amigo
sapato vai comigo às festas, à faculdade, às viagens, a passeios e a
muitos outros lugares importantes. Mas, ao chegar em casa, jogo o coitado para
longe e ainda reclamo, porque ele deixou meus pés cheios de calos. No entanto,
a culpa não é dele — é minha, que o carrego para lá e para cá sem lhe dar descanso.
Um dia, porém, parei para
observar que as coisas mais úteis e importantes em nossas vidas são, muitas
vezes, aquelas das quais reclamamos, chutamos e até jogamos fora. Mas o tempo
passa, e quando finalmente reconhecemos o valor daquilo que tínhamos, pode ser
tarde demais: o tempo já levou.
Percebi também que, assim como
acontece com os objetos, o mesmo ocorre com as pessoas ao nosso redor. As que
mais nos ajudam e estão sempre presentes são justamente as que menos
valorizamos. E, quando o tempo passa e essas pessoas vão embora, é só então que
nos damos conta do quanto eram preciosas — mas já é tarde demais.
Hoje, assim como aprendi a
valorizar meus sapatos, aprendi também a valorizar mais as minhas coisas e,
principalmente, as pessoas que permanecem ao meu lado. Se, em alguns momentos,
me causaram incômodos, inúmeras foram as vezes em que me trouxeram alegrias e
satisfações.
E, assim como os sapatos um dia
se descolam e se acabam, as pessoas também se desgastam e partem. Por isso, é
melhor valorizar o que temos enquanto está ao nosso lado — do que se arrepender
quando não houver mais tempo.
Questionário
1 Quem acompanha a autora em festas,
faculdade, viagens e passeios?
R-
2 Por que a autora reclama do sapato
quando chega em casa?
R-
3 Segundo o texto, de quem é a culpa
pelos calos nos pés?
a) Do sapato
b) Da autora
c) Do caminho
d) De ninguém
4 O que a autora percebeu ao observar
seus sapatos e refletir sobre eles?
R-
5 A comparação feita no texto mostra
que:
a) As pessoas são como sapatos, podem
desgastar-se e ir embora
b) Os sapatos nunca se desgastam
c) Os objetos são mais importantes que
as pessoas
d) Reclamar é sempre a melhor solução
6 O que a autora decidiu fazer depois
da reflexão?
a) Jogar fora todos os sapatos
b) Valorizar mais suas coisas e as
pessoas
c) Comprar sapatos novos
d) Reclamar menos dos calos
7 No texto, o que acontece quando não
valorizamos algo ou alguém enquanto temos?
R-
8 Qual é a principal mensagem do texto?
a) Usar sapatos confortáveis
b) Valorizar o que temos antes que seja tarde demais
c) Guardar os objetos com cuidado
d) Reclamar menos das coisas
10 O que você aprendeu com o texto “Meu
Sapato”?
R-
TEXTO O5
Era uma vez uma menina muito esperta chamada
Chapeuzinho Laranja Lima, doce como a fruta que lhe dava o apelido. Ela vivia
com seus pais e era muito querida por sua avó, que morava em outra cidade.
No dia do seu aniversário, seus pais lhe deram de
presente um celular. Algum tempo depois, Chapeuzinho pediu
para passar as férias na casa da avó. Os pais deixaram, mas aconselharam a
menina:
— “Filha, não converse com estranhos na internet.”
Também orientaram a avó para que tivesse cuidado com os perigos do mundo
virtual.
Durante as férias, a avó deixava a neta usar o celular por várias horas,
atendendo seus desejos.
Até que, numa noite, alguém entrou no bate-papo com Chapeuzinho Laranja
Lima e puxou conversa:
— “Oi, Chapeuzinho!”
Sem perceber a malícia, a menina respondeu e contou que estava passando
as férias com a avó.
O desconhecido, que na verdade era um pedófilo, perguntou se a avó a
deixava usar o celular sozinha.
— “Sim”, respondeu a menina.
Muito astuto, o criminoso imitou a voz de uma criança e sugeriu que ela
tirasse a roupa e fizesse fotos.
Nesse instante, a avó bateu na porta:
— “Toc, toc!”
O pedófilo, tentando enganar, respondeu com voz infantil:
— “Quem é, Chapeuzinho Laranja Lima?”
A menina ficou sem palavras e lembrou-se dos conselhos dos pais.
A avó entrou no quarto e encontrou a neta estranha, escondida debaixo do
lençol.
— “Por que está coberta nesse calor? Com quem conversava, se não há
ninguém aqui?” — perguntou preocupada.
A criança contou o que havia acontecido.
A avó rapidamente percebeu que se tratava de um pedófilo, bloqueou o
contato e aconselhou a neta sobre os perigos da internet.
Questionário
1 Qual é a personagem principal da história?
b)
Chapeuzinho Laranja Lima
d) Chapeuzinho Laranja
2 Qual foi o presente que Chapeuzinho recebeu dos pais em seu
aniversário?
R-
3 Diante do conto, o que os pais orientaram Chapeuzinho a não fazer?
a)
Conversar com estranhos na internet
b) Estudar
c) Sair com seus amigos
d) Desobedecer à avó
4 Quais foram as orientações que os pais deram à avó sobre a
internet?
R-
5 Qual personagem na história tentou enganar Chapeuzinho durante as
férias?
a) Uma amiga da escola
b)
Um pedófilo se passando por criança
c) O lobo
d) Um vizinho da avó
6 Qual atitude o pedófilo teve para conquistar a confiança da menina?
R-
7 Qual a reação da avó ao descobrir o que estava acontecendo?
a) Brigou com a neta
b) Ignorou a situação
c)
Bloqueou o contato e aconselhou a menina
d) Chamou a polícia
8 O que a menina lembrou quando ficou assustada com a conversa?
R-
9 Se você fosse Chapeuzinho Laranja Lima, o que faria para se proteger
em situações parecidas?
R-
TEXTO 06
Crônica: Um olhar humano
Autora: Laudicea Marta
Um dia, quis conhecer
todas as teorias, dominar todas as regras gramaticais: Sintaxe, Morfologia,
Fonologia e Semântica. Mas, a cada dia que passava, isso me angustiava. Tentei
de tudo, mas não consegui... Foram dias de tristeza.
Com o passar do
tempo, entendi que só precisava reconhecer que era apenas um ser humano — e ver
o meu aluno também como humano. Que não é preciso dominar todas as teorias nem
compreender todas as técnicas; é preciso sentir-se humano e perceber que há
alunos precisando mais de mim do que dos meus conhecimentos em determinados
momentos.
Há almas que, às
vezes, vão à escola com a esperança de ouvir do professor uma palavra que não
escutam em casa. Mas o professor, diante dos conflitos cotidianos, nem sempre
consegue enxergar isso — e acaba agindo de forma insensível.
Há alunos que querem
apenas um abraço, um sorriso, uma palavra — e que essa palavra não seja apenas
trabalhada morfologicamente, mas retirada do fundo do coração. Que, ao
trabalhar frases, não seja apenas um estudo de sujeito e predicado, mas o
reconhecimento de que existem sujeitos precisando ser ouvidos.
Que, ao escolher um
texto, ele possa ser estudo e também pretexto — não apenas para a compreensão,
mas para que sua interpretação vá além do que ensina a gramática: que toque a
alma e provoque transformação no coração do aluno, despertando nele a vontade
de voltar a ler e também de viver.
Entendi que ser
professor não é apenas corrigir erros gramaticais, mas ajudar o aluno a
refletir sobre seus erros e buscar seus acertos. Que, ao trabalhar a
justaposição das palavras, o professor lembre que ali podem existir sentimentos
despedaçados — e que ele tem o poder, na verbalização, de ajudar a ajustar.
Se alguém quiser
apenas transmitir conhecimento, que o faça. Mas, se quiser ser um transformador
de almas, que seja. A vida é feita de escolhas. Eu escolhi fazer a diferença na
vida de quem está precisando — e, depois dessa decisão, consegui sentir prazer
na minha profissão.
Questionário
1 Quais áreas da gramática a autora
menciona querer dominar no início do texto?
a) Sintaxe, Morfologia, Fonologia e
Semântica
b) Sintaxe, Morfologia, e
Fonologia
c) Sintaxe e Morfologia
d) Sintaxe
2 O que a autora sentia ao tentar
dominar todas as regras e teorias?
R-
3 Segundo o texto, o que a autora
descobriu com o tempo?
a) Que precisava estudar mais gramática
b) Que só precisava reconhecer sua
humanidade e ver o aluno como humano
c) Que ser professor é apenas corrigir
erros gramaticais
d) Que os alunos não precisam de
atenção afetiva
4 O que, de acordo com a autora, muitos
alunos buscam na escola além do conhecimento?
R-
5 Quando a autora fala em “palavra”, o
que ela quer dizer?
a) Apenas uma palavra escrita
corretamente
b) Uma palavra retirada do coração, que
acolhe o aluno
c) Uma palavra técnica da gramática
d) Uma palavra inventada pelo professor
6. Qual é a diferença entre trabalhar
frases como análise sintática e trabalhar frases como forma de enxergar os
alunos?
R
7 Para a autora, ser professor significa:
a) Apenas ensinar teoria e corrigir
erros
b) Ser pai ou mãe dos alunos
c) Ir além da gramática e tocar o coração
dos alunos
d) Fazer de conta que os problemas dos
alunos não existem
8. O que significa “o texto ser um
pretexto”, segundo a reflexão da autora?
R-
9.Que tipo de crítica a autora prevê
receber pelo seu texto?
R-